Eleito vice-presidente na chapa de Carlos Arthur Nuzman no ano
passado, Paulo Wanderley Teixeira assume agora como presidente do Comitê
Olímpico Brasileiro e já avisou que pretende ficar no posto pelo menos
até 2020. Depois, deverá concorrer para se manter até 2024. Sobre a
renúncia de Nuzman, o novo mandatário disse que o COB recebeu a carta
“com alívio”.
Perfil
Paulo Wanderley Teixeira tem 64 anos e nasceu na cidade de Caicó, no
Rio Grande do Norte. Aos 5 anos de idade, mudou-se para Vitória, capital
do Espírito Santo, onde começou a praticar judô com o professor Algênio
de Barros.
Aos 17 anos, passou a dar aulas e, logo em seguida, fundou seu
primeiro clube de judô, o CECAJ – Centro Capixaba de Judô. Graduou-se em
Educação Física em 1972. Sete anos mais tarde, foi convidado a ser
técnico da seleção brasileira, cargo que exerceu até 1993, acompanhando
as equipes nos Jogos Pan-Americanos de 1991, nos Mundiais Adultos de
1991 e 1993 e também nos Jogos Olímpicos Barcelona 1992, em que orientou
o judoca Rogério Sampaio, à beira do tatame, na conquista da medalha de
ouro.
Em 2001, foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Judô.
Sua gestão tem como marcas emblemáticas a reaproximação da CBJ com
atletas e treinadores, o desenvolvimento da estrutura da modalidade no
país, a excelência nos resultados e a organização de grandes eventos
internacionais no Brasil.
Sob sua liderança, foram realizadas as edições do Grand Slam do Rio
de Janeiro de 2009 a 2012; os Mundiais Adultos de 2007 e 2013, também no
Rio de Janeiro; e o Mundial Por Equipes de 2012, em Salvador.
Em 2014, por meio de parceria com o Governo Federal e o Governo do
Estado da Bahia, a Confederação Brasileira de Judô inaugurou seu Centro
de Treinamento em Lauro de Freitas (BA), o maior das Américas e um dos
maiores do mundo.
No tatame, durante sua gestão, o Brasil conquistou 12 medalhas
olímpicas, sendo a primeira da história do judô feminino (Ketleyn
Quadros, em Pequim 2008) e o primeiro ouro de uma judoca (Sarah Menezes,
em Londres 2012).
Nos Jogos Rio 2016, foram três pódios do judô brasileiro, com Rafaela
Silva (ouro), Mayra Aguiar (bronze) e Rafael Silva (bronze). Além
disso, foram 30 medalhas em Mundiais Adultos, obtendo o recorde em uma
mesma edição com seis no Rio de Janeiro em 2013, e o recorde de ouros
com três no Mundial Rio 2007.
Fonte: Marcos Dantas
Nenhum comentário:
Postar um comentário