sexta-feira, 9 de junho de 2017

Advogada alvo de atentado em 2015 é investigada por facilitar fugas no PEP

A advogada criminalista Paloma Gurgel de Oliveira Cerqueira, alvo de atentado em dezembro de 2015, está sendo investigada por suposta participação em crimes de facilitação de fuga, falsidade ideológica e material, tráfico de influência e organização criminosa na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP).

Paloma sofreu o primeiro ‘golpe’ desta investigação nesta quarta-feira 7. A mando do juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Parnamirim, o Ministério Público do Rio Grande do Norte e a Polícia Civil cumpriram cinco mandados de busca e apreensão contra três agentes penitenciários e duas advogadas, entre elas a dita cuja.

Os demais alvos da investigação são os agentes Marcos Antônio Marques Santos, Durval Oliveira Franco e Robson Ferreira Dantas e a advogada Ana Paula Nelson. Nas últimas semanas, a Penitenciária de Parnamirim sofreu o maior revés do sistema penitenciário potiguar, quando 91 detentos conseguiram escapar das dependências do presídio utilizando um túnel de cerca de 40 metros de extensão.

Atentado
No dia 19 de dezembro de 2015, Paloma Gurgel sofreu atentado no cruzamento das avenidas das Alagoas com a Ayrton Senna, bairro de Neópolis, Zona Sul de Natal. Enquanto lanchava com uma amiga, a advogada precisou ir ao carro pegar sua bolsa quando acabou surpreendida por um homem não-identificado que atirou sete vezes contra ela, tendo a atingido em três.

Logo após o ocorrido, Paloma foi internada em estado crítico num hospital da capital. Todavia, se recuperou dos ferimentos rapidamente e quatro dias depois recebeu alta. Naquela oportunidade, a advogada disse em entrevista a um veículo de comunicação de Natal que havia se refugiado em outro Estado por medo de novos atentados. Desde então não se sabe se ela retornou a capital potiguar para seguir seu trabalho.

Segundo a própria, em 2015, 300 pessoas presas eram atendidas por ela e outras 100 que estavam soltas também lhe tinham como advogada. Porém, até aquele momento, afirmava desconhecer qualquer inimizade, muito embora tivesse tido uma discussão com uma pessoa também não-identificada que havia alertado da possibilidade de sua morte.

“Assim que recebi alta, fui ao meu apartamento, fiz uma mala e saí de Natal. Não sei se vou voltar a essa cidade, pois tenho medo do que pode acontecer aí. Minha preocupação agora é me recuperar o quanto antes e poder voltar a defender meus clientes, cujos processos estão parados”, afirmou Paloma, em janeiro de 2006, ao portal G1-RN.

Em decorrência do atentado, a advogada criminalista passou por quatro cirurgias na época, sendo três no joelho esquerdo e uma no braço direito. Não há informações de como ela está nos dias atuais.

Fonte: Portal no Ar Agora

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