A advogada criminalista Paloma Gurgel de Oliveira Cerqueira, alvo de
atentado em dezembro de 2015, está sendo investigada por suposta
participação em crimes de facilitação de fuga, falsidade ideológica e
material, tráfico de influência e organização criminosa na Penitenciária
Estadual de Parnamirim (PEP).
Paloma sofreu o primeiro ‘golpe’ desta investigação nesta
quarta-feira 7. A mando do juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de
Parnamirim, o Ministério Público do Rio Grande do Norte e a Polícia
Civil cumpriram cinco mandados de busca e apreensão contra três agentes
penitenciários e duas advogadas, entre elas a dita cuja.
Os demais alvos da investigação são os agentes Marcos Antônio Marques
Santos, Durval Oliveira Franco e Robson Ferreira Dantas e a advogada
Ana Paula Nelson. Nas últimas semanas, a Penitenciária de Parnamirim
sofreu o maior revés do sistema penitenciário potiguar, quando 91
detentos conseguiram escapar das dependências do presídio utilizando um
túnel de cerca de 40 metros de extensão.
Atentado
No dia 19 de dezembro de 2015, Paloma Gurgel sofreu atentado no
cruzamento das avenidas das Alagoas com a Ayrton Senna, bairro de
Neópolis, Zona Sul de Natal. Enquanto lanchava com uma amiga, a advogada
precisou ir ao carro pegar sua bolsa quando acabou surpreendida por um
homem não-identificado que atirou sete vezes contra ela, tendo a
atingido em três.
Logo após o ocorrido, Paloma foi internada em estado crítico num
hospital da capital. Todavia, se recuperou dos ferimentos rapidamente e
quatro dias depois recebeu alta. Naquela oportunidade, a advogada disse
em entrevista a um veículo de comunicação de Natal que havia se
refugiado em outro Estado por medo de novos atentados. Desde então não
se sabe se ela retornou a capital potiguar para seguir seu trabalho.
Segundo a própria, em 2015, 300 pessoas presas eram atendidas por ela
e outras 100 que estavam soltas também lhe tinham como advogada. Porém,
até aquele momento, afirmava desconhecer qualquer inimizade, muito
embora tivesse tido uma discussão com uma pessoa também não-identificada
que havia alertado da possibilidade de sua morte.
“Assim que recebi alta, fui ao meu apartamento, fiz uma mala e saí de
Natal. Não sei se vou voltar a essa cidade, pois tenho medo do que pode
acontecer aí. Minha preocupação agora é me recuperar o quanto antes e
poder voltar a defender meus clientes, cujos processos estão parados”,
afirmou Paloma, em janeiro de 2006, ao portal G1-RN.
Em decorrência do atentado, a advogada criminalista passou por quatro
cirurgias na época, sendo três no joelho esquerdo e uma no braço
direito. Não há informações de como ela está nos dias atuais.
Fonte: Portal no Ar Agora
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