Em Ouro Branco, a prefeita Fátima Silva (PT) quer fazer discurso de mudança, mas não traz nenhuma novidade para a prefeitura. Nem mesmo uma estratégia diferenciada para enfrentar a fortíssima oposição que se congregou para o pleito de 2020 ela soube oferecer. Após insuportável atraso, acabou indicando seu próprio tesoureiro Samuel Souto para assumir o grande fardo de conter as adesões que vem acontecendo para o sistema oposicionista.
De fato, Fátima fez um grotesco plágio do ex-prefeito Zé Braço, que apoiou seu tesoureiro Nilton Medeiros. Crítico de Lula e do próprio PT, Samuel Souto não somará nada ao sistema situacionista, com a candidatura própria que o PT lançará, porque não levanta clima para junção.
Nesta mistura de conceitos, Samuel Souto, que sempre foi o conselheiro principal de Fátima Silva, por ser profundo conhecedor das engrenagens da prefeitura, conta com rejeição embutida até mesmo dentro da gestão. Ele ainda terá de engolir o ego e assumir o papel de bucha de canhão, segurando a prefeitura como marionete de Fátima Silva até 2024, quando ela quer voltar. O foco dela é em 2024.
Todo esse engodo situacionista ainda conta com um risco extra: com a prefeita condenada em segunda instância, sua figura como ficha-suja e várias condenações por improbidade administrativa não poderá repetir nada de 2012.
Com muitas águas a rolar ainda, o xadrez político em Ouro Branco está só começando, mas como em todo jogo, algumas jogadas irão acontecer.
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