Em depoimento prestado na noite deste dia 05 de agosto, no fórum Amaro Cavalcanti, em júri que decidirá sua sentença por envolvimento e participação na morte de F Gomes, João Francisco dos Santos, o Dão, reafirmou que foi ele que efetuou os disparos que mataram o radialista. Ele também isentou os demais acusados de terem qualquer envolvimento no crime
CONFIRA ABAIXO OS PRINCIPAIS TRECHOS DO DEPOIMENTO DE DÃO HOJE NO SEU JULGAMENTO EM CAICÓ
O MOTIVO
Dão disse que matou F Gomes porque em 2007 foi acusado de tentativa de
homicídio. A vítima era um filho de um amigo do jornalista e, depois
disso, ele o difamava e o perseguia dizendo que o mesmo não deveria
viver em sociedade.''Falava mal de mim no rádio, me chamando de
traficante por onde chegava'',disse o acusado.
TERCEIRA PESSOA NA CENA DO CRIME TERIA EFETUADO DISPAROS CONTRA DÃO
Dão disse que não foi ao encontro de F Gomes com intenção de
matá-lo,mas, uma terceira pessoa teria atirado duas vezes contra ele.
Como pensou que o autor dos disparos tinha sido o jornalista, ele
efetuou vários tiros contra F Gomes e depois fugiu. Dão ainda disse que a
polícia sabe quem atirou contra ele e que esta suposta pessoa estaria
presente no tribunal. Dão diz que nunca teve nada contra a pessoa que
atirou nele e que se o suposto atirador tem algo contra o mesmo,
desconhece.
DÃO ISENTA OS DEMAIS ACUSADOS DE ENVOLVIMENTO NO CRIME
No início do depoimento, o juiz Luis Cândido de Andrade Villaça
perguntou a Dão se ele contou com o apoio de outras pessoas para matar F
Gomes.O acusado negou a participação de alguém e disse que Laílson, ao
acusar o advogado Rivaldo, o pastor Neudo e o tenente-coronel Moreira,
está colocando inocentes na cadeia, ao invés de tentar provar sua
inocência.
DÃO FAZ ACUSAÇÕES GRAVES CONTRA POLÍCIA
O acusado disse que o delegado Márcio Delgado mentiu ao atribuir a ele
uma confissão onde Laílson Lopes oferecia dinheiro para que ele matasse F
Gomes.''O delegado me deu 4 folhas para assinar. Duas delas era meu
depoimento original. As outras eu assinei sem ler, onde foi forjada uma
confissão que eu não fiz. Nem Laílson nem Gilson me ofereceram dinheiro
para matar ninguém.Isso foi o delegado Márcio Delgado que inventou'',
disse Dão.
Márcio Delgado foi o responsável por uma das fases iniciais das
investigações do crime. Em depoimento hoje ao júri, ele reafirmou que
Dão confessou que Lailson ofereceu dinheiro para a execução de F. Gomes,
mas que ele recusou porque também tinha vontade de matar o radialista. O
acusado ainda relatou que a delegada Sheila Freitas, responsável pela
segunda fase das investigações, prometeu que se ele acusasse os demais
supostos envolvidos poderia responder ao processo em liberdade.Por fim,
disse que a polícia ameaçou prender sua esposa.
FUGA
Após cometer o crime, Dão disse ter fugido pela rua do Macaco. ''Peguei
uma estrada carroçável e sai próximo a Nova Descoberta. Depois peguei
outra estrada segui em direção ao Itans, onde joguei a arma no
açude.Esperei um tempo e voltei pra casa. Foi quando chegou um PM e me
levou para a delegacia'',afirmou
SOBRE RIVALDO DANTAS
De acordo com Dão, Rivaldo era seu advogado desde a primeira vez que foi
preso. Por gratidão, após deixar a cadeia, ficou trabalhando para o
advogado fazendo bicos de mototáxi.
CHEQUE
Na casa de Dão foi achado um cheque de 5 mil reais,mas, segundo o
acusado, foi um amigo dele que o emprestou para que comprasse uma moto,
compra esta que não foi concretizada.
SURRAS NA CADEIA
Dão afirmou que é alvo de surras na cadeia e que estas agressões que
recebe, os espancadores dizem que é em nome da família de F G Gomes.
PERDÃO
Dão disse que não pede perdão pelo crime que cometeu.''Quem perdoa é Deus e o que importa é eu me retratar com ele'', disse
Fonte: V&C
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