A prisão do governador Luiz Fernando Pezão dá
continuidade a uma marca infeliz na história política do Rio de Janeiro.
Desde 1998, foram presos todos os governadores eleitos para comandar o
Estado : Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho, Sérgio Cabral
e, agora, Pezão. Assim como todos os presidentes da Assembleia
Legislativa de 1995 a 2017 – Sérgio Cabral, Jorge Picciani e Paulo Melo
-, 10 dos 70 deputados estaduais, 5 dos 6 conselheiros do Tribunal de
Contas do Estado, além do ex-procurador-geral do Ministério Público
Estadual, Cláudio Lopes.
Eleito para governar o Rio em 1999, Garotinho foi detido em novembro
do ano passado, junto com a mulher, Rosinha Matheus . Eles foram
acusados de integrar uma organização criminosa que arrecadava recursos
de forma ilícita com empresários. O objetivo da quadrilha, segundo as
investigações, era financiar as próprias campanhas eleitorais e a de
aliados, inclusive mediante extorsão. Rosinha deixou a cadeia no mesmo
mês, e Garotinho saiu logo em seguida, em dezembro de 2017.
Este ano, Garotinho ainda tentou se candidatar ao governo do estado,
mas o pedido de registro foi indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral
( TRE-RJ ). A decisão teve como base a sentença da 15ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Rio que, em julho, o condenou por improbidade
administrativa em um processo no qual é acusado de envolvimento em um
esquema que desviou R$ 234,4 milhões da Secretaria Estadual de Saúde. O
caso aconteceu quando Garotinho foi secretário de estado de Governo na
gestão da mulher, entre os anos de 2005 e 2006. Com a condenação em
segunda instância, Garotinho foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa.
Já Sérgio Cabral foi preso em novembro
de 2016, acusado por investigadores da Operação Lava Jato, de ser o
mandate do esquema criminoso, e nunca mais saiu da cadeia. As
condenações por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de
divisas somam mais de 180 anos de prisão.
Cabral comandou o governo do Rio pela primeira vez em 2007, com o
apoio de Garotinho. O Segundo mandato foi entre 2011 e 2014, quando
renunciou ao cargo, assumido pelo então vice, Pezão.
Fonte: O Globo
Fonte: O Globo
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