Uma
imagem chama a atenção de potiguares e turistas que visitam a Praia de
Ponta Negra e o Morro do Careca, principal cartão-postal de Natal, nos
últimos dias. Há cerca de uma semana, a faixa de areia está tomada por
pedras trazidas por fortes marés, segundo comerciantes e frequentadores
da praia.
O
mar mais agitado também derrubou parte da encosta de areia em um trecho
do calçadão que não está guardado pelo enrocamento construído pela
prefeitura da capital para tentar conter o avanço do mar.
Apesar
da aparição dos cascalhos ser comum nesse período do ano, nunca foram
tantos como agora, diz o comerciante André Henrique Silva, que tem a
concessão do quiosque número 4, no calçadão de Ponta Negra. “Elas (as
pedras) começaram a aparecer há uns 10 dias. Nesse período a maré está
mais forte e trás esses cascalhos que são da encosta do morro”, explica.
Os
pescadores da região afirmam que a maré está mais forte por causa do
período de três dias anteriores e três dias posteriores à lua cheia. No
final de tarde de sábado (7), as ondas batiam no enrocamento e molhavam o
calçadão.
A
força da água também derrubou um coqueiro e ameaça mais dois, que ficam
em uma encosta de areia entre a praia e o calçadão de Ponta Negra. Esse
trecho fica mais distante do morro do careca, no final do calçadão. A
comerciante Margareth Rodrigues, do quiosque 28 – o último da praia –
estava sem trabalhar há duas semanas, por causa do risco de desabamento.
Ela voltou neste domingo, mas sem muitas garantias de segurança. “É o
nosso sustento”, argumenta.
“A
gente chamou prefeitura, defesa civil, bombeiros, não veio ninguém. A
gente precisou acionar a advogada da associação, para a Semsur
(Secretaria de Serviços Urbanos de Natal) vir tirar dois coqueiros que
estavam ameaçando cair. Depois que cortaram eles, a maré veio mais forte
e derrubou as raízes”, revela.
Os
comerciantes colocaram sacos de areia para tentar proteger a encosta e
ajudar o acesso dos banhistas à areia da praia, mas foram insuficientes.
A maré levou a maior parte deles. “A gente fica com medo da maré de
novembro. Se não fizerem nada, essa erosão vai chegar no calçadão e ele
vai cair”, diz Margareth.
O G1 procurou
neste domingo (8) o secretário de Serviços Urbanos de Natal, Jonny
Costa, e a assessoria de imprensa da Prefeitura de Natal para saber o
que deverá ser feito no local, mas até a publicação desta reportagem não
conseguiu contato.
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