O ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, afirmou
que falta ao Nordeste um projeto de desenvolvimento. Exaltando o
potencial empreendedor da região, Mangabeira apontou diretrizes para
guiar projetos e ações voltados para o desenvolvimento da região. As
ideias foram colocadas em palestra ministrada nesta sexta-feira (8) no
Fórum dos Governadores do Nordeste, em Natal.
De acordo com Mangabeira, a política de compensações adotada para a
região é "retrógrada". "É preciso acalentar vanguardas e vanguardismos
alternativos do país. Identificar os agentes já existentes, ir ao
encontro deles e provê-los de instrumentos e oportunidades", disse o
ministro, colocando que a estratégia de desenvolvimento do Nordeste pode
guiar a estratégia de desenvolvimento nacional. "Não existe solução
para o país sem solução para o Nordeste", diz.
O ministro acredita que as grandes obras atraídas pela região e a entrada da população em vagas de baixa qualificação têm funcionado como ilusões. "A aliança dos dois, o enclavismo e pobrismo, é um veneno que disfarça a falta de projeto", explica Mangabeira, destacando o semiárido como fundamental na estratégia de desenvolvimento nordestina.
O ministro acredita que as grandes obras atraídas pela região e a entrada da população em vagas de baixa qualificação têm funcionado como ilusões. "A aliança dos dois, o enclavismo e pobrismo, é um veneno que disfarça a falta de projeto", explica Mangabeira, destacando o semiárido como fundamental na estratégia de desenvolvimento nordestina.
Entre as diretrizes destacadas pelo ministro estão o incentivo ao
empreendedorismo e à inventividade tecnológica. "É como se houvesse
vários inventores autoditada", disse Mangabeira. Para o ministro, é
necessário repensar também a relação entre as grandes obras e a economia
nordestina. Dentro desta lógica, Mangabeira defende que os grandes
empreendimentos envolvam projetos subsidiários e não se limitem a
fornecer postos de trabalhos de baixa qualificação.
"Nunca foi tão necessária à nação a rebeldia nordestina. Ao rebelar-se
contra um modelo de desenvolvimento que nega braços, asas e olhos à sua
assombrosa vitalidade, o Nordeste falará para o Brasil", concluiu.
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