quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Servidores do Governo do RN vão à Justiça para manter as licenças-prêmio

Fórum Estadual de Servidores Públicos do RN, que reúne 17 entidades de classe da administração direta e indireta do Governo do Rio Grande do Norte, voltou a se reunir na tarde dessa terça-feira (22) para definir o teor e as prioridades da pauta que será discutida hoje, às 15h, com a governadora Fátima Bezerra. A “revogação imediata” do Decreto nº 28.697, assinado no dia 21 e publicado na edição de ontem do Diário Oficial do Estado, que proíbe a concessão de licenças-prêmios aos servidores estaduais, está entre os oito pontos que serão abordados durante a reunião desta quarta no Gabinete Civil.

De acordo com Fernando Freitas, presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do RN (Sindifern), “se o Governo não recuar vamos entrar na Justiça contra essa aberração jurídica”. A proposta, ainda conforme Freitas, é que, caso necessário, a ação seja encaminhada pelo Fórum em nome de todas as categorias do serviço público estadual.

“Conseguimos derrubar (no Tribunal de Justiça do RN) um decreto semelhante no final da gestão do governo Robinson Faria. Temos toda jurisprudência favorável aos servidores. Esse novo Decreto é um atropelo, um ruído criado sem necessidade”, avaliou o presidente do Sindifern. Para ele a publicação do Decreto “é um erro. Era para o Governo ter ter esperado essa reunião de amanhã (hoje), quando teremos uma nova rodada de negociação. Até por que o TJRN está dando ganho de causa aos servidores”, reforçou.

Porém, a pauta principal a ser defendida pelo Fórum de Servidores no encontro desta tarde com a governadora Fátima Bezerra é a apresentação de um calendário para pagamento das “quase quatro folhas salariais atrasadas”, frisou Fernando. 

Somados, os atrasos salariais pendentes alcançam R$ 978 milhões: servidores aposentados e pensionistas que ganham acima de R$ 5 mil ainda não receberam o 13º salário de 2017, dívida que chega a R$ 42 milhões. O salário de novembro de 2018 de todos os servidores que ganham acima de R$ 5 mil (ativos, inativos e pensionistas) também não foi pago, um débito que representa R$ 96 milhões. Já a folha salarial de dezembro do ano passado mais o pagamento do 13º salário de 2018 estão atrasados para os 104 mil servidores públicos estaduais, totalizam mais R$ 840 milhões.

“Existe um tensionamento grande por parte das categorias com essa indefinição. Por isso, amanhã no Gabinete Civil, iremos fazer o monitoramento e uma projeção dos recursos disponíveis em caixa até o dia 31 de janeiro para verificar se o Governo terá condições de honrar o compromisso assinado – que é quitar integralmente a folha atual dentro do mês corrente”.

Fonte: Tribuna do norte

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