A equação meteorológica que assegura maior
probabilidade de um período chuvoso em 2018 no Rio Grande do Norte é
complexa, e depende de uma combinação de fatores como aquecimento das
águas e pouco vento na porção sul do oceano Atlântico, baixa intensidade
de atividade solar e a presença do fenômeno La Niña – que resfria a
temperatura do Pacífico.
As
variáveis são inconstantes, mas a tendência é positiva, verifica a
Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn). De acordo com o setor de
meteorologia do órgão, são aguardadas boas chuvas entre a Bahia e o
Piauí a partir da segunda quinzena de dezembro até início do mês de
janeiro “que podem amenizar a situação causada pela estiagem” em áreas
do Oeste, Alto Oeste e Seridó do RN.
“São as chamadas precipitações da
pré-estação chuvosa, causada por sistemas meteorológicos que transitam
sobre o Nordeste, que podem ou não acontecer em grande quantidade. As
expectativas para 2018 são boas, estamos analisando o comportamento do
Atlântico para confirmar a previsão”, informou Gilmar Bristot, gerente
de meteorologia da Emparn.
Ele garante que “certamente 2018 será um
ano com maior quantidade de chuvas”, mas alerta que para resolver o
problema da crise hídrica as chuvas devem atingir índices pluviométricos
próximos aos registrados em 2009. “Só teremos algumas soluções na
região Nordeste com chuvas acima de 800mm ou 900mm; e de forma
definitiva se o acumulado das precipitações entre fevereiro e maio do
próximo ano alcançarem 1,2 mil milímetros”, acrescentou Bristot.
Vale
lembrar que a medida padrão do índice pluviométrico, em milímetros,
corresponde à quantidade de água da chuva captada em uma área com
superfície de 1 metro quadrado.
O gerente de meteorologia da Emparn frisa
que as previsões ainda estão “no campo da especulação”, e espera que até
meados do mês de janeiro “o comportamento do Atlântico” esteja mais
definido: “Para confirmarmos um período com chuvas de melhor qualidade, é
preciso que a temperatura da água na superfície do Atlântico sul chegue
aos 27,5 graus Celsius, e do Atlântico norte se estabilize em torno de
25 ºC – o comportamento da temperatura no Atlântico é a variável ainda
indefinida dentro do sistema, só teremos definições nesse sentido a
partir de janeiro.
Gilmar Bristot disse que hoje, “de
concreto”, há a predominância do fenômeno La Niña no Pacífico, ventos
fracos sobre a região Nordeste (que favorece o acúmulo de umidade) e
baixa atividade solar – quadro que favorece a formação de nuvens. “Não
teremos a presença do El Niño em 2018 (aquecimento do Pacífico), o que é
uma boa notícia pois descarta o agravamento da seca”, explicou.
Participando do II Fórum das Águas, em
Apodi, no último dia 30 de novembro, o PhD em Meteorologia Luiz Carlos
Molion, reafirmou que o Rio Grande do Norte experimenta tendência de
fim da seca e chuvas acima da média em 2018. A previsão do pesquisador é
que as chuvas no Estado sejam até 15% acima da média, no próximo ano.
Sua conclusão é embasada em cenários de similaridade, obtidos em dados
pluviométricos dos últimos cem anos, que indicam semelhança com 1998 a
2001.
Fonte: TRIBUNA DO NORTE
2 comentários:
Esse besta só fala merda vai cara.
Aqui em Ouro Branco já choveu bastante no roçado de um tal vereador
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